Plano de Gestão de Dados - Detalhes

Abaixo estão os detalhes do seu Plano de Gestão de Dados.

Análise transcriptômica para identificação de biomarcadores em biópsia líquida de câncer de bexiga

Público

FioDMP-id: https://fiodmp.fiocruz.br/THTGOW9

Versão: 8

Última Atualização em 13/12/2023 14:56

Criado em 13/12/2023 14:56

Modelo Simplificado

Resumo do Plano de Gestão de Dados

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou 11.370 novos casos de câncer de bexiga (CB) para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, correspondendo a um risco estimado de 5,25 casos a cada 100 mil habitantes, sendo 7.870 casos em homens e 3.500 em mulheres. A maioria (70%) dos casos de câncer de bexiga é não-músculo invasivo (NMIBC) e o restante são (30%) músculo-invasivos (MIBC). A detecção primária do câncer de bexiga (CB) é fundamental, mas os métodos padrão-ouro atualmente aceitos e utilizados, que são a citologia e a cistoscopia, apresentam altas taxas de falsos negativos. A cistoscopia tem baixa sensibilidade, especialmente para carcinoma in situ. Além disso, a cistoscopia é muito invasiva, podendo causar disúria e infecção do trato urinário. Já a citologia de urina é menos invasiva e altamente específica para detecção de CB, mas tem baixa sensibilidade (~30%), especialmente para doença de baixo risco. Para contornar os falsos-negativos, vários biomarcadores urinários foram propostos e estão sendo utilizados com frequência variável, porém apresentam baixa sensibilidade. No entanto, não há consenso atual sobre biomarcadores urinários de CB e os testes comerciais disponíveis apresentam baixa sensibilidade. Assim, o projeto propõe um rastreamento de novos biomarcadores baseado em RNA-seq, com posterior validação por meio de RT-qPCR, com objetivo de identificar um painel de biomarcadores úteis para o diagnóstico e prognóstico do câncer de bexiga. O RNA-seq será realizado com amostras de RNA isolado de urina de pacientes de uma coorte de descoberta composta por 50 indivíduos com câncer de bexiga e por 50 indivíduos saudáveis. Os RNAs com maiores diferenças de expressão entre os pacientes e controles saudáveis serão avaliados por RT-qPCR em uma segunda coorte, composta por 100 indivíduos com tumores urológicos e 100 saudáveis. Assim, o projeto vislumbra encontrar marcadores que permitam aprimorar a detecção precoce e aumentar a qualidade de vida dos pacientes, além de evitar a evolução para doença invasiva, que apresenta alta taxa de mortalidade e alto custo para o SUS.